Estar sentado é o Tabagismo da nossa geração
Conselhos de uma amiga…
Gasto tempo a mais em frente ao meu computador, provavelmente como muitos de vocês. Quando tenho reuniões face-a-face, os meus colegas e eu estamos normalmente sentados à volta de uma mesa, outras vezes num aeroporto (nada como tirar o máximo proveito de uma longa viagem) e muitas outras vezes em cafés. Mas isto significa que o denominador comum entre todos esses locais é o facto de estar sentado.
Quando trabalhamos estamos sentamos em média 9,3 horas por dia, em comparação com 7,7 horas de sono. Sentando é tão prevalente que nem nos questionamos quanto tempo o fazemos. E toda a gente faz o mesmo, por isso nem sequer nos ocorre que não está correcto. Por isso, cheguei à conclusão de que estar sentado é o tabagismo da nossa geração.
Naturalmente que os estudos de saúde concluem que as pessoas devem estar menos tempo sentadas e devem levantar-se e movimentar-se. Depois de 1 hora sentados a produção de enzimas que queimam gorduras diminui cerca de 90%. Estar sentado por longos períodos de tempo retarda o metabolismo do corpo que afecta coisas como os níveis de colesterol. A pesquisa mostra que a falta de actividade física está directamente ligada a 6% das doenças cardíacas, 7% de diabetes tipo 2 e 10% de câncro da mama ou do cólon.
E assim, ao longo do último par de anos, vimos a integração da mesa de pé. O que, certamente, é um passo em frente. No entanto, embora você não esteja sentado, estar de pé também não o ajuda a fazer exercício físico real.
Assim, há quatro anos, eu fiz uma mudança simples: troquei uma reunião “de café” para uma reunião “a caminhar”. Gostei tanto que se tornou uma adição regular ao meu calendário: eu agora faço em média quatro destas reuniões por semana e 30 a 40 km por semana.
O meu problema fundamental com o exercício tem sido sempre este: tirava-me tempo para fazer “coisas productivas”. Ir para o ginásio tirava-me tempo de estar com os meus amigos e família. A minha ética puritana do trabalho quase sempre venceu. Só quando percebi que poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo, tornando o exercício parte da reunião, é que finalmente comecei a fazer mais exercício. Este é um daqueles negócios 2-em-1. Eu não vou sacrificar a minha saúde para o trabalho, nem trabalhar para fitness. E talvez seja por isso que ao fazer do fitness uma prioridade como parte do trabalho não me sinto, finalmente, em conflito.
Mais: depois de algumas centenas destas reuniões comecei a notar alguns benefícios colaterais imprevistos. Em primeiro lugar, posso realmente ouvir melhor quando eu estou a andar ao lado de alguém do que quando estou em frente a eles nalgum café. Há algo sobre estar lado-a-lado que coloca o problema ou ideias diante de nós, e trabalhamos nisso juntos.
Em segundo lugar, o simples acto de nos movermos também significa que o telemóvel permanece guardado a maior parte do tempo. Atenção é talvez recurso mais escasso de hoje em dia, e as reuniões caminhadas permitem-me investir nesse recurso de forma muito diferente.
E, finalmente, quase sempre terminamos a caminhada de forma alegre. A primeira coisa que eu ouço as pessoas dizerem (especialmente se resistiram a este tipo de reunião no passado) é “Aquele foi o momento mais criativo que tive desde há tempo”, o que pode ser verdadde porque estamos fora do nosso ambiente normal, ou mesmo ser um resultado do acto de caminhar. A pesquisa certamente diz que caminhar é bom para o cérebro.
Para manter este compromisso de caminhar – para mim e para os outros – bloqueei tempo na minha agenda para estas reuniões. Bloqueio duas reuniões destas de manhã e duas durante a tarde, de preferência antes de agendar reuniões “normais” sentada.
Experimentem. Vai ver que vale a pena!
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