Omitir ou não omitir qualificações

Omitir ou não omitir qualificações – Eis a questão?

Hoje em dia quem tem mais habilitações, muitas vezes entra num dilema: «Devo ou não incluir a minha licenciatura, o meu mestrado ou o meu doutoramento?»   Efectivamente para muitos empregos não é necessária uma licenciatura ou mais; mas a verdade é que devido ao desemprego, muitas destas pessoas com mais qualificações também concorrem a cargos em que não são necessárias qualificações tão elevadas.

A formação a mais em alguns casos pode prejudicar, por isso há quem «esconda» as qualificações, para deste modo ter mais hipóteses de ser seleccionado para vagas de emprego onde se exigem níveis de formação mais baixos.

O que não deve fazer mesmo é mentir no Currículo –nos dias que correm o recrutador pode pesquisar um candidato na Internet.

O que acontece é que os recrutadores entendem que pode ser um risco contratar alguém com formação superior e que depois possa de «perder» essa pessoa assim que surja uma oportunidade. Ou, então, que tenha que pagar mais àquela pessoa pelo facto de ter mais qualificações.

Para o economista António Santos, a necessidade de omitir qualificações para arranjar um emprego traduz-se numa “subvalorização das qualificações por parte dos trabalhadores”, como “consequência da menor necessidade de recrutamento das empresas e da incapacidade do mercado de trabalho de absorver toda a oferta de qualificações disponível”.

Claro que para certas funções, não é necessário ter tantas qualificações, mas será que se deve mentir?

E omitir as qualificações? A escolha é sempre sua. O problema é que hoje vivemos numa era digital e essas questões facilmente se podem saber.

Como então tentar contornar o problema?

Para quem não omite, tente mostrar empenho e vontade de trabalhar na Carta de Apresentação, mostrando que o facto de ser licenciado não é motivo para não fazer o trabalho como uma pessoa com menos qualificações e a sua vontade de trabalhar é maior.




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