O que toda a gente devia saber quando procura emprego
A procura de emprego é cada vez mais um desafio, ou melhor, uma prova de competição para testar a ousadia, a resiliência, a criatividade, a paciência e outras qualidades do candidato. Aliás, se me permitem a comparação, procurar emprego equipara-se a procurar o/a tal que dê mais sabor à nossa vida. Ainda que sejam dois relacionamentos distintos, amor e trabalho, têm vários pontos em comum. Para começar, ambos põe à prova a nossa auto-estima e força de vontade. Abordar o mercado de trabalho com auto-estima e motivação é fundamental. Mas só estes dois ingredientes não chegam. Antes de mais, peguem em papel e caneta e daqui para a frente tirem os apontamentos que quiserem. Depois de lerem isto vão olhar para o mercado de trabalho e quiçá amoroso com outros olhos.
1. Visão e criatividade q.b.
A visão certamente já viram em sites empresariais associada à missão e aos valores. Visão é o que conduz a empresa, o caminho a ser percorrido a médio ou longo prazo. Neste caso concreto, precisam de ter visão para olharem além da rotina, da crise e do desemprego. Visão para definir horizontes e objectivos pessoais em conformidade com aquilo em que acreditam. A par disso é necessário ter criatividade para se conseguir destacar dos outros candidatos e não se cingir só ao envio do c.v. e carta de motivação com as frases comuns. É necessário usar outros meios que atraiam o recrutador. A criatividade tem de ser usada na dose certa pois nem todas as empresas se pautam pela mudança e inovação.
2.Prioridade a candidaturas espontâneas
Quando se procura emprego, a tendência é recorrer a sites de emprego ou aos jornais. Só que nos esquecemos que existem milhões de pessoas (empregadas e desempregadas) a procurar diariamente nesses mesmos locais. O processo selectivo é maior assim como a concorrência e muitos anúncios são falsos e com o intuito das candidaturas servirem para bases de dados. Isto não quer dizer que se deva deixar de responder a anúncios mas sim, dar prioridade a candidaturas espontâneas. É certo que dá mais trabalho elaborar uma candidatura deste género, no entanto, a pesquisa realizada segmenta-se de acordo com a área pretendida. É um avanço que se ganha em relação aos anúncios publicados na Internet e nos jornais, pois não há tanta gente a concorrer para as mesmas empresas e o tempo de espera, caso sejam chamados para uma entrevista, não é tão longo como na fase de selecção.
3. Boca fechada
Um erro muito comum é partilhar informação sobre algo pessoal que ainda está para acontecer. Coisas como “Concorri ao anúncio x.” ou “Amanhã vou a uma entrevista na empresa y.” devem ser guardadas e só contadas, ou não, depois de terem acontecido. Isto porque o pensamento é uma energia que influencia a realidade e consciente ou inconscientemente as pessoas criam expectativas sobre tudo e todos. A pressão social existente também não ajuda nada, só atrapalha os sonhos e os objectivos pessoais. De certeza que já foram bombardeados por perguntas do género: “Então quando é que te casas?” ou “Quando é que tens filhos?” ou a típica pergunta para quem está desempregado, “Então já arranjaste emprego?” São questões tão “simpáticas” não são? O importante é saber contornar a pressão social mantendo-se fiel a si mesmo. Guardem o melhor para vós e aprendam a calar para que os comentários de terceiros não possam interferir com as vossas metas pessoais.
4. Valorizar os hobbies
Tocar guitarra, cantar, pintar, cozinhar, criar peças de roupa são algumas actividades que podem e devem ser valorizadas por quem está à procura de emprego. Mais do que um escape ou um momento de relaxamento face às exigências do dia-a-dia, um hobby pode ajudar a encontrar trabalho ou até tornar-se no trabalho de quem está desempregado. Usem da criatividade e mostrem o vosso talento nas redes sociais. Além de se darem a conhecer estão também a aumentar a rede de contactos e quem sabe se não haverá um recrutador à espreita.
Continua…
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