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As 10 principais lições de Steve Jobs para empreendedores

Se neste momento está a ler no ecrã de um ‘smartphone’ ou de um ‘tablet’, em grande parte pode agradecer a Steve Jobs, fundador da gigante tecnológica Apple e inventor visionário do iMac, iPod, iPhone e iPad, “quatro revoluções em apenas três décadas”. Este é o ponto de partida para o livro “Pensar Como Steve Jobs”, escrito por Daniel Smith, editor e investigador de livros de não-ficção e comentado por Pedro Aniceto, especialista português em produtos Apple. Ao todo, e ao longo de quase 250 páginas, são 27 lições deixadas pelo fundador da Apple para “inovar, decidir e acertar”.

por: Bárbara Silva, saldopositivo

Pense como Steve Jobs
Todos, empreendedores ou não, temos algo a aprender com o arrojo e a forma diferente de Steve Jobs em gerir pessoas e projetos”, disse Pedro Aniceto a propósito da obra, em declarações ao Saldo Positivo. Se é fã da vida e obra de Steve Jobs e gostaria de aprender a gerir como o fundador da Apple, conheça as 10 melhores lições do guru de Silicon Valley para empreendedores de todo o mundo, selecionadas por Pedro Aniceto.
Conheça as pessoas certas
“A inovação nasce quando pessoas se cruzam em corredores, quando telefonam umas às outras às dez e meia da noite com uma ideia nova”. O autor do livro, Daniel Smith, diz que Steve Jobs teve a sorte, na sua carreira, de estar “no sítio certo à hora certa”, a começar pela infância vivida no Vale de Santa Clara, na Califórnia, que nos anos 70 se viria a tornar no famoso Silicon Valley, local de nascimento de quase todas as gigantes tecnológicas. Além disso, reforça Pedro Aniceto, Jobs soube fazer aquilo que todos os empreendedores devem fazer: encontrar “almas gémeas”, fazer perguntas e ouvir as respostas com atenção e apostar na rede de contactos.
Siga o seu próprio caminho
“O teu tempo é limitado, não o desperdices vivendo a vida de outra pessoa. Tem a coragem de seguir o teu coração e a tua intuição”. Ao optar por uma filosofia de vida muito própria, Steve Jobs acabou por se destacar face a outros empreendedores seus contemporâneos: inscreveu-se na Read College (famosa por acolher “excêntricos e pensadores independentes”) mas desistiu no final do primeiro semestre. Depois partiu numa viagem pela Índia com uma mochila às costas, entre muitas outras experiências alternativas que moldaram a sua forma de viver e de pensar. Às gerações futuras deixou uma lição: estar disposto a seguir o próprio instinto, quando os outros escolhem racionalmente um caminho diferente.
Crie uma comunidade de consumidores
“Não temos de estudar física para guiar um automóvel. Não temos de saber nada disto para usar um Macintosh”. Além de fundar umas das maiores empresas tecnológicas dos tempos modernos, Steve Jobs permitiu que os consumidores da Apple se sentissem parte de uma comunidade de pessoas liberais, criativas e de olhos postos no futuro. Os milhões de clientes da Apple são os principais embaixadores da marca e essa é a melhor forma de publicidade. Em vez de clientes, a Apple tem fãs, tem seguidores cuja lealdade a empresa soube recompensar. Faça o mesmo no seu negócio, diz Pedro Aniceto, aposte na fidelização e crie uma comunidade de consumidores.
Nunca fique parado
“Se ainda não o encontraste, continua à procura. Não te resignes”. A Apple Computer Inc. nasceu formalmente no dia 1 de abril de 1976 e evoluiu com um “ritmo inicial extraordinário”. No verão desse ano, a Apple apresentou numa exposição de computadores em Atlantic City o seu modelo Apple I, mas anunciou que o novo produto Apple II iria revolucionar o mundo, criando expetativas nos consumidores e nos concorrentes. A partir daí a ‘startup’ começou a chamar à atenção e a assumir-se como protagonista em Silicon Valley. Nunca dormir à sombra dos louros e saber aplicar golpes de marketing e publicidade é uma das principais lições de Steve Jobs, refere o livro.
Cultive a sua marca
“De tempos a tempos surge um produto revolucionário que muda tudo”. Uma das preocupações de Steve Jobs desde o início foi construir a identidade da Apple como vendedora de ideias, ambições e sonhos. Foi exatamente isso que aconteceu com o Apple I e II e depois com o iMac, iPod e iPad, na viragem do milénio. Pela primeira vez, uma empresa tecnológica conseguiu criar, através da marca, uma relação emocional e intemporal com os consumidores e tornar-se num símbolo do sonho americano. Aos empreendedores, Pedro Aniceto sugere que sigam o exemplo de Jobs e criem na sua empresa um documento-base de regras comunicacionais, cumpridas rigorosamente.
Encontre um dragão para matar
“Não tenho qualquer problema com o êxito deles [Microsoft]”. No processo de construção da empresa e da marca Apple, Steve Jobs sempre optou por uma abordagem ao estilo “nós”, a “família” Apple, e “eles”, a concorrência. Primeiro encarnada pela IBM e depois pela Microsoft, de Bill Gates. Com a mesma intensidade que construía a imagem de marca da Apple, Jobs concentrava-se em retratar a IBM como uma empresa que fazia “máquinas bolorentas” para o mundo empresarial, enquanto a sua empresa ajudava “os pensadores independentes a descobrirem um admirável mundo novo”. Com a Microsoft e o lançamento do Windows, Jobs acusou Gates de ter roubado o interface gráfico do Mac. Manter a concorrência debaixo de olho e os inimigos por perto é uma das lições de Steve Jobs.
Reinvente o mercado
“Estamos sempre a pensar em novos mercados onde possamos entrar”. Além de ter revolucionado o mundo da tecnologia, Steve Jobs quis também revolucionar a forma como os produtos Apple eram vendidos e chegavam ao público. Na sua visão, o esforço da Apple para proporcionar toda uma experiência de consumo diferente não podia culminar nas prateleiras de uma qualquer superfície comercial, ao lado de outros produtos tecnológicos de gama inferior. Desta forma, o design inovador que caracterizava os produtos e as embalagens Apple ganhou uma casa própria com a criação das Apple Stores. Pprimeiro dos EUA e depois em todo o mundo. As escadarias de vidro, aço japonês, chão de madeira e a iluminação certa faziam toda a diferença. Aqui a lição passa por dominar o processo produtivo da sua empresa do primeiro ao último minuto, não deixando o seu sucesso em mãos alheias, sublinha Pedro Aniceto.
Conheça os seus clientes (mas não demasiado bem)
“Se continuássemos a pôr ótimos produtos diante dos clientes, eles continuariam a abrir as suas carteiras”. A velha máxima “o cliente tem sempre razão” não agradava particularmente a Steve Jobs, que sempre teve alguma relutância em admitir falhas em público, refere Pedro Aniceto. A abordagem de Jobs à legião de fãs da Apple era complexa: por um lado apresentava produtos muito além das expetativas do mercado, criando novas necessidades de consumo, por outro considerava seu dever saber mais do que os consumidores e por isso não perdia tempo com pesquisas de mercado. Preferia avaliar cada produto pelo seu impacto comercial. Aos empresários de hoje, o lendário fundador da Apple, deixou a lição para que aprendam a confiar nos seus instintos e não limitem a inovação à ditadura do mercado, ao mesmo tempo que respeitam as opiniões dos clientes.
Não facilite no design
“Sê um padrão de qualidade”. Para Steve Jobs, o design não era apenas o verniz exterior de um produto, mas sim “a alma fundamental de uma criação humana”. No desenvolvimento do projeto Macintosh, o fundador da Apple aplicou a sua crença de que o design não é apenas a imagem de um produto, mas também o modo como funciona. Simplicidade, inovação e brilhantismo, estas eram as bases de um bom design para Jobs. No desenvolvimento de um produto, os empreendedores devem assim manter as suas ideias simples, serem perfecionistas, valorizarem todas as ideias e todos os ‘inputs’ e manter sempre na memória a sequência: evoluir, repetir e melhorar.
Dê espaço à criatividade
“O sistema é não haver sistema”. Quando Steve Jobs regressou à Apple, em 1997, depois de ter passado pela NeXT e pela Pixar, era já “um líder empresarial mais sábio”, mais empático, que sabia delegar tarefas e gerir sem interferências, confiando no desemprenho da sua equipa. Já não era (tanto) o líder tirano de outros tempos. Para ter sucesso, dizia Jobs, uma empresa tem de ser um grupo de pessoas que contrabalançam os aspetos negativos de cada um para produzir algo maior do que a soma das partes. Esta é a sua lição para os empreendedores: a sua equipa é o combustível por trás da máquina.



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