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Como o dinheiro pode realmente comprar felicidade

O conselho de Warren Buffett sobre dinheiro foi examinado – e implementado – por investidores experientes em todo o mundo. Mas, enquanto que a maioria das pessoas sabem que podem beneficiar de consultores especializados para ganhar dinheiro, pensam que sabem como gastar o dinheiro para ter maior felicidade. Como resultado, seguem as suas intuições usando o dinheiro para comprar coisas que acham que vai fazê-los felizes, como televisores, automóveis, casas, segundas casas, etc.

 

O problema com esta abordagem é que as nossas intuições sobre como transformar dinheiro em felicidade são erradas. Televisores, carros e casas? Estes não têm quase nenhum impacto sobre a nossa felicidade! A boa notícia é que agora sabemos que tipo de gastos podem melhorar a nossa felicidade  (uma visão valiosa para os consumidores e empresas).

 

Buffet escreveu recentemente um artigo intitulado “A minha Promessa Filantrópica” – no qual em vez de oferecer aconselhamento financeiro, sugeriu “dar” como uma forma de aumentar nosso bem-estar emocional. Como resultado da sua decisão de doar 99% da sua fortuna para a caridade, Buffett disse que “não poderia estar mais feliz.”

 

Mas precisamos de dar bilhões como Buffet, para podermos experimentar esse brilho de satisfação? Felizmente para nós, pessoas comuns, até formas mais modestas de generosidade nos podem fazer felizes. Numa série de experiências descobriram que pedir às pessoas para gastar dinheiro com os outros – desde dar a instituições de caridade a comprar presentes para amigos e família – fá-las mais felizes do que gastar o mesmo dinheiro em si próprias.

 

Estas pesquisas mostraram que, mesmo em países muito pobres como a Índia e Uganda – onde muitas pessoas lutam para satisfazer as suas necessidades básicas – indivíduos que dão aos outros são mais felizes do que aqueles que gastam em si próprios. Além do mais, gastar apenas alguns euros noutra pessoa pode desencadear um aumento na felicidade. Nesse estudo descobrira que pedir às pessoas para gastar tão pouco como $5 para outra pessoa fê-los mais felizes do que as pessoas que passaram $5 em próprios.

 

Gestores inteligentes estão a usar o poder de investir nos outros para aumentar a felicidade dos seus funcionários. A Google, por exemplo, oferece um plano de “bónus” convincente para os seus funcionários. A empresa mantém um fundo pelo qual qualquer funcionário pode nomear outro funcionário para receber um bónus de 150$. Tendo em conta os salários médios na Google, um bónus de $150 é apenas uma pequena alteração. Mas a natureza do bónus – um funcionário dar um bónus a outro em vez de exigir que bónus para si mesmo – pode ter uma grande recompensa emocional.

 

Investir nos outros também podem influenciar os clientes. Os gestores em um parque de diversões foram incapazes de convencer os clientes a comprar fotos de si mesmos num dos muitos passeios do parque. Menos de um por cento comprou a foto pelo preço habitual de $12,95. Mas os investigadores tentaram uma combinação diferente e inteligente. Outros clientes foram convidados a pagar o que quisessem (incluindo $0) para uma foto, mas foi dito que metade do que pagavam seria enviado a instituições de caridade. Agora, a compra da imagem permite ao cliente não só levar para casa uma lembrança, mas também investir nos outros. Dada esta opção, quase 4,5% dos clientes compraram a foto, e pagaram uma média de mais de $5. Como resultado, o lucro da empresa aumentou quatro vezes.

 

Warren Buffett, guru da felicidade! Assim como seguimos o seu conselho sobre como ganhar dinheiro, devemos agora seguir o seu conselho em como atingir a felicidade. Ao repensar a forma como gastamos o nosso dinheiro – mesmo tão pouco quanto $5 – podemos colher mais felicidade por cada dólar que gastamos. E o conselho de Buffett sobre a felicidade vem com uma recompensa financeira também. Ao maximizar a felicidade dos funcionários e dos clientes por cada dólar que recebem de bónus ou que gastam em produtos, as empresas podem aumentar a satisfação dos funcionários e dos clientes – e assim beneficiar as margens do negócio.